10 de mai. de 2010

Brincadeiras de ontem


Minhas lembranças de infância são da época desta foto. Na praia - sol, som do mar, água salgada, o fascínio pelas conchinhas e castelos de areia! Combinação de areia e água do mar solta em punhados, formando estalactites maravilhosas! Enterrar o pé na areia... Sensações boas como misturar tinta com as mãos, ou brincar no balanço ao sabor da brisa.

Cheiro de cimento quente sendo refrescado pela chuva fina: prenúncio de boas brincadeiras! Claro! Os banhos de chuva só nos eram consentidos quando acompanhados de sol. Chuva e sol: casamento de espanhol! E para alegrar ainda mais nossa existência naqueles dias, não podia faltar sabão em pó no chão para lavar qualquer preocupação, e para deslizar no quintal de casa.

E o arco-íris da cidade da garoa, então! Presente dos guardiões do pote encantado! Assim como tirar a sorte no tocador de realejo!

Todo o tempo do mundo para inventar formas nas nuvens!

Os amigos da vizinhança! Era sempre uma festa boa brincar com eles! Brigas? De vez em quando: “tô de mal, come sal, na panela do mingau, deixa um pouco pro natal!”. E para “ficar de bem” novamente era só unirem-se os dedos, sem complicações.

Meu interesse absoluto, objeto de desejo: o baleiro da mercearia! Não sei se mais pelo conteúdo ou por poder girá-lo como um grande brinquedo de adulto com recheio para crianças!

Sempre gostei de experimentar as coisas, ter opções de escolha: de que maneira vestir as bonecas, quais cores de canetinha usar, qual coleção fazer – papéis de bala ou figurinhas.

Eram, e ainda são, tantos os interesses... O que mais recordo dessa época de pouca idade e muito conhecimento, sem dúvida, é a vida vivida com toda força e intensidade. Fazer uma coisa de cada vez e curtir absolutamente o momento. Desfrutar o algodão doce do começo ao fim! Sentir sua textura, delicadeza, deixar grudar na mão, enrolar nos dedos e depois lambê-los e experimentar nuvens de açúcar puro dissolverem-se lentamente na boca.

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